Em 2010, a produção de carne ovina permaneceu em alta acompanhada pela demanda aquecida e queda nas importações. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, o valor pago fechou o ano entre R$ 4,00 e R$ 5,00 (kg vivo), enquanto no início do ano, o valor não passava de R$ 2,50 a R$ 3,00. Na maioria dos outros estados brasileiros, essa situação não foi diferente. No último informativo semanal do preço do cordeiro paulista publicado em dezembro (projeto desenvolvido pelo Centro de Inovação Tecnológica e Extensão Universitária – UNICETEX – da Faculdade de Engenharia de Alimentos e Zootecnia – FZEA da USP) o preço médio fechou em R$ 4,70. De acordo com a Seagri (Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia), o preço médio no mês de dezembro de 2010 foi de R$ 4,25, crescimento de 18% comparado ao mesmo período de 2009. Em 2010, o número inspecionado de ovinos abatidos no Brasil foi menor que 2009 de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em 2009, foi totalizado 334.710 cabeças e em 2010, 309.172 cabeças, queda de 8,26%. As importações provenientes do Uruguai, hoje o maior exportador de carne ovina para o Brasil, também recuaram em 2010. De acordo com o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), em 2009, no período de janeiro a novembro, foi exportado ao Brasil 6,4 mil toneladas de carne ovina e neste mesmo período, em 2010, foi exportado 4,7 mil toneladas, queda de 26,5%. Já os preços (em US$ FOB) do kg de carne ovina importado cresceram. O kg de carne ovina com osso congelado e importação do Uruguai, por exemplo, no 2º semestre de 2009 custou em média US$ 3,41 e no ano passado, neste mesmo período, o kg custou US$ 5,82, crescimento de 70,6%. O valor da carne ovina desossada e congelada cresceu 54,6% frente ao mesmo período de 2009. Em 2009, o kg custou em média US$ 4,69 e em 2010, média de US$ 7,25.
* Fonte: ARCO OVINOS