Santa Catarina desponta como líder na produção de leite de ovelha

Santa Catarina tornou-se referência no Brasil na produção de leite de ovelha, atividade que há menos de uma década era de subsistência. Foi o Estado que mais cresceu no setor nos últimos cinco anos, segundo o pesquisador da área de melhoramento genético da Embrapa Caprinos e Ovinos de Sobral-CE, Octávio Rossi de Morais.

O especialista participou do primeiro Fórum de Discussão da Ovinocultura Leiteira do Brasil, realizado em Chapecó no final de semana. A cidade não foi escolhida para sediar o evento por acaso. É do oeste catarinense o primeiro presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos de Raças Leiteiras (Abcol), Érico Tormen, que passou o comando da entidade para outro criador catarinense, o médico veterinário Anderson Bianchi.

Em 2006 Tormen importou do Rio Grande do Sul 30 fêmeas e um macho da raça Lacaune, que é específica para a produção de leite de ovelha. Agora está com 1.250 animais e uma produção diária de 330 litros. Ele foi um dos responsáveis por transformar Santa Catarina no maior produtor de leite de ovelha do país, com estimados 200 mil litros por ano, o que representa cerca de 40% da produção nacional, segundo dados da Abcol. “Nosso crescimento foi de 30% ao ano” – calcula Tormen.

O pesquisador da Embrapa Otávio de Morais explica que a ovinocultura de leite pode ter um bom resultado em pequenas propriedades. Ele citou que na mesma área onde é criada uma vaca podem ser criadas cinco ovelhas. Apesar de cada animal dar apenas dois litros de leite em média, o maior número compensa, pois podem produzir 20 litros por dia. Além disso, o litro de leite de ovelha pode chegar a R$ 3 e esse valor pode dobrar na produção de queijo e derivados.

Criador de Chapecó, Jorge Zanotto industrializa 400 litros/dia. Ele transforma o leite de ovelha em queijo na empresa Laticínio Gran Paladare. O produto vem sendo elogiado como comparável ou até melhor do que os concorrentes europeus.

Fonte: Farmpoint

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